quinta-feira, 24 de maio de 2018

Um pouco de amor.

A dor é intensa, a solidão presença
O medo alimento da angústia
A falta vizinha chata
Essa é a mistura que nos mata

Nos mata de manhã
Nos poupa a tarde
E nos faz comentar suicídio a noite
Pouco se fala sobre isso em casa

Por que as vezes a casa julga mais do que a rua
Andamos pra cima e pra baixo
Sem saber onde parar
Sem lugar pra repousar

Fugir de si
Sair da própria mente
É torturante por vezes não se reconhecer
Mais torturante se tonar a vontade de morrer

Buscamos uma saída
Uma ilha perdida
Onde possamos nos remontar
Um coração pra morar

Um algo e alguém pra amar
Uma vida da qual se orgulhar
Só queremos viver
Não julgue nossa dor

Ou maneira de ser
Abrace-nos, isso nos salva
Isso é muito mais que você pensa
Abraço cura, alivia

No abraço você ama
Então, abrace alguém
Sorria pra ela
E diga um poema de amor

Nisso, boa parte de um mundo você salvou
E ainda progrediu o seu
A você que lê
Um abraço. Um pouco de amor
Por que eu também sofro.

- Anderson Emanuel.

terça-feira, 8 de maio de 2018

O que sinto, pode ser o que muitos sentem. - Desabafo

Estou exausta, cansada de tudo isso, acho que estou me perdendo, gritando internamente, implorando por ajuda, mas ninguém ouve.
Estou sozinha, presa em minhas próprias "mancadas", em meu próprios sentimentos, e não tenho com quem compartilhar, além deste velho caderno. Estou caindo, caindo em um poço profundo, não vejo nada que possa me ajudar a parar de cair, nada nem ninguém que segure minhas mãos pra me ajudar a subir, a sair desse poço escuro.
A escuridão agora está querendo me possuir, invadir o meu ser, tomar conta do resto de luz que sobrou em mim e isso é como uma batalha, por conta disto estou exausta, sem forças, esgotada, com fome e sede, fome de paz na alma e sede de alegria no coração... não sei o que fazer ou talvez saiba, mas... não sei como fazer, como já disse, estou sozinha... esquecida... todos seguiram seus caminhos sem olhar pra trás e por conta disso não me notaram aqui, caída, fraca, ferida e a cada dia em que eu passo aqui caída, me sinto mais fraca, sem forças nem pra continuar a respirar, a sobreviver.
Só queria que Deus misericordioso, tivesse misericórdia de mim e me tirasse daqui, dessa vida (já que não sei se ela continua após a morte). Sinto-me com vontade por diversas vezes de acabar de vez com a dor, mas não tenho coragem pra tal feitio... atualmente está mais fácil dar falsos sorrisos e sofrer internamente com essa dor do que tentar destruí-la pra sempre.
Não sei quanto tempo tenho, quanto tempo ainda aguento tantas dores e feridas simultâneas.
Sinto que o cansaço, a dor e as feridas não são atoa, talvez seja um sinal de que eu realmente estou morrendo lentamente..
O fato de possuir uma filha e de lutar por causa dela já não está mais me convencendo de continuar seguindo, porque não tenho forças mais pra lutar e não posso descontar tudo isso nela.
Estou adoecendo e piorando mais a cada dia, uma doença tão silenciosa que ninguém nota, a doença física não é nada comparado a esta doença... a doença da alma... de um coração amargurado, que só está batendo ainda porque o cérebro ainda ta lutando.... o único na realidade...
Há dias que sorrisos surgem no meu  rosto, mas são na tentativa de acreditar que ainda a esperança, esperança que não possuo mais. 20 anos se passaram e desde o inicio da minha vida estou errada, porque nasci, porque só decepcionei as pessoas que dizem me amar, mas que me tratam como um familiar jovem qualquer, desde que comecei a tomar minhas próprias decisões, ter minhas próprias escolhas, tudo começou a se despedaçar dentro de mim... ilusões... mentiras... feridas... rancor... dores...

As pessoas não sabem mais o que você sente só em olhar profundamente nos seus olhos, aliás, elas nem olham mais.. Não notam um sorriso falho, sorriso triste, forçado. Nem ao menos o brilho do olhar sabem diferenciar.
Hoje a palavra "amar" se tornou rotineira, na boca das pessoas, e mentirosa... Tudo não passa de jogos de conquistas, provar quem é melhor, nem a brincadeira de amar das crianças está passando sem grandes "traumas".
Tantos Pastores, Bispos, Padres dentre vários outros pregam o amor da Bíblia, cujo este amor está entrando em extinção. O que prevalece é o amor que bate, que fere, que maltrata, que mata, em nome desse "amor moderno" pessoas morrem, animais morrem, famílias se desestruturam, lembrando que tudo em nome do 'Amor'.

Por tanta banalização quando se trata de amar, amor... estou morrendo. ... Estou morrendo porque eu era amor, era calmaria, paz, alegria, simplicidade, carisma, perdão... como disse, era... hoje sou tristeza, sou guerra, angústia, falsos sorrisos, dor e a cima deste sou a solidão... e a solidão não é boa, nada boa... não a desejo nem para os maiores inimigos, se é que existem...
Estou cercada por falsos amores, falsas palavras, falsos sentimentos...
Sei que pra muitos posso estar parecendo uma doente mental, mas que doença mental me permitiria a expressar ao mundo meus sentimentos, meus verdadeiros sentimentos... Longe disso... talvez a demência me caísse bem agora pra fingir que nada está acontecendo e pra ser "amada" por olhares corrompidos de pena, mas o que não quero é que tenham pena de mim, por isso sou anônima no mundo.

Geralmente escrevia pedidos em orações escritas, hoje nem pedir peço, só consigo e tenho foco em desabafar, Mais uma tentativa de afogar a dor do que sinto, da minha alma....   impossível, já que só consigo no máximo aliviar por alguns dias, é como se eu estivesse conversando e ao mesmo tempo -aconselhando a mim mesma, o que recomendo a todos, recomendo tentarem, faz um pouco de bem.
Ainda terei que escrever muito mais em meu caderno esta noite, já que 3 folhas nem sempre são o bastante, assim como minha história não caberia em apenas um livro.


- Desconhecido